Cacegepos: Cruzeiro tem herança de R$ 177 milhões do rebaixamento em lista de credores; veja detalhes

A lista de credores do Cruzeiro traz um levantamento de como o rebaixamento de 2019 pesa no passivo trabalhista e fiscal do clube mineiro. Na apresentação do relatório para ter deferido o pedido de recuperação judicial, o time mineiro revelou um somatório superior a R$ 177 milhões de personagens do rebaixamento.

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A lista inclui passivos trabalhistas, de contratos de direitos de imagem e de outras pendências financeiras listadas. Em alguns casos, o Cruzeiro conseguiu realizar acordos na Justiça do Trabalho. Em nenhum houve quitação do valor ou fim da discussão judicial.

Na listagem entregue pelo Cruzeiro, estão incluídos jogadores, técnicos, auxiliares principais de treinadores e também de dirigentes do clube em 2019. Em alguns casos, como jogadores e o técnico Adilson Batista - que continuaram após o rebaixamento –, há pendências incluídas de 2020 e 2021. Há também casos de atletas que participaram somente de uma parte da campanha.

Thiago Neves e Fred lamentam pênalti perdido pelo Cruzeiro — Foto: Twitter/Mineirão

Na listagem, o maior débito declarado do Cruzeiro é com o atacante Fred. São R$ 48.261.447, sendo que R$ 25 milhões são do acordo realizado na Justiça do Trabalho. O goleiro Fábio está na lista de credores com o valor associado de R$ 20.706.715 e é o segundo com o maior montante.

A listagem é seguida por Dedé (R$ 16 milhões), Dodô (R$ 15 milhões) e Thiago Neves (R$ 10 milhões). Todos eles com acordos judiciais com o Cruzeiro. São seguidos pelo zagueiro Léo (R$ R$ 9.644.695), o lateral Edilson (R$ 9.275.602) e o goleiro Vinícius (R$ 6.431.875), que deixou o clube neste ano, sem nunca ter jogado pelo profissional.

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Na lista, estão incluídos atletas que participaram somente de uma parte inicial da campanha do Brasileiro de 2019. Casos do volante Lucas Silva (R$ 770.419), que tem ação na Justiça para homologar o acordo extrajudicial; o argentino Lucas Romero (R$ 547.641) e o zagueiro Murilo (R$ 190.348), ambos negociados no meio daquela temporada.

Cruzeiro tem débito de mais de R$ 500 mil com Lucas Romero — Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

No pedido de recuperação judicial, a Justiça definiu duas administradoras judiciais para atuação em conjunto em conjunto com o Judiciário: Acerbi Campagnaro Colnago Cabral Sociedade de Advogados e Credibilita Administração Judicial e Serviços. Elas têm um prazo até esta sexta para se pronunciarem se aceitam a nomeação e, assim, assumindo "com imediata assunção as funções e deveres".

A Justiça determinou ainda que, nos próximos 180 dias, todas as ações de execução contra o Cruzeiro sejam suspensas. O clube mineiro elencou o passivo em R$ 537 milhões na petição.