Multado por tocar os hinos de Corinthians e São Paulo em um evento no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, no sábado (27), o locutor de rodeios Cuiabano Lima, 46 —ou "Cuiabanno" com dois "N", já que as duas grafias são encontradas em perfis e páginas oficiais do locutor— está habituado a tomar parte em polêmicas.
Durante as eleições presidenciais deste ano, Lima foi um dos principais articuladores do apoio de artistas sertanejos ao presidente Jair Bolsonaro (PL). E acabou sendo considerado "a voz" da campanha derrotada do presidente à reeleição.
O incidente do Allianz Parque, antes do evento "Buteco", no qual houve a gravação do novo DVD do cantor Gusttavo Lima, gerou revolta de palmeirenses e protesto da Mancha Verde, maior torcida organizada do clube.
Conhecido como a "Voz de Barretos", em alusão à gigante Festa do Peão da cidade do interior de São Paulo, Andraus Araujo de Lima, como consta em sua Certidão de Nascimento, é também Secretário de Turismo do município.
Apesar do apelido que faz referência à capital do Mato Grosso, Lima é natural de São José de Rio Preto, no interior de São Paulo, embora diga em seu site oficial ter nascido em Barretos.
Cuiabano, que é Bacharel em direito, é o mais famoso entre os locutores de rodeio do Brasil, mas também tem créditos como intérprete e compositor de canções sertanejas. Por sua capacidade de improvisação, é tido como um inovador na função.
Articulador político de Bolsonaro
Em maio, Cuiabano, durante discurso no lançamento oficial da pré-candidatura de Bolsonaro ao Planalto, comparou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao personagem bíblico Barrabás.
Segundo a tradição cristã, Barrabás foi escolhido pelo povo de Jerusalém para ser libertado em detrimento de Jesus Cristo, que viria a ser crucificado.
Foi Lima também quem organizou o encontro de expoentes do gênero com Bolsonaro em outubro, no Palácio do Planalto. Na ocasião, 18 sertanejos, como Gusttavo Lima, Chitãozinho, Leonardo e Zezé Di Camargo, entre outros, levaram apoio ao postulante à reeleição.
A ligação do locutor com Bolsonaro, porém, é mais antiga que a eleição encerrada no início de novembro. Em julho de 2021, conforme reportagem da Folha de S. Paulo de 21 de outubro, Lima participou de uma campanha publicitária da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal sobre o Auxílio Emergencial. Seu cachê, no entanto, foi colocado sob sigilo de cem anos pela Presidência da República.
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