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Tuesday, September 21, 2021

Nem Willian, Renato Augusto, Roger Guedes e Giuliano bastaram. Sylvinho ameaçado no Corinthians - R7.COM

São Paulo, Brasil

"Ele vem fazendo um grande trabalho.

"Estamos muito satisfeitos, jogadores e funcionários se adaptaram bem.

"O time começou a apresentar um bom futebol, estamos invictos.

"Vamos com o Mancini até o fim do ano,"

A promessa, palavra por palavra, foi feita por Duilio Monteiro Alves, no dia 4 de janeiro deste ano.

No dia 16 de maio, Mancini foi sumariamente demitido.

Duilio não suportou a pressão de conselheiros, membros da diretoria e, principalmente, chefes das organizadas.

Para não perder poder no Parque São Jorge, a cabeça de Vagner Mancini foi oferecida, em praça pública.

O Corinthians deve mais de R$ 1 bilhão.

Duilio Monteiro Alves e Roberto de Andrade perceberam que, com o elenco que havia sido eliminado do Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, a administração ficaria sob risco. E decidiram deixar o clube mais endividado.

Dispensou vários jogadores baratos. E contratou quatro de altíssimo custo: Renato Augusto, Giuliano, Roger Guedes e Willian. Além de já estar conversando para ter Paulinho, em 2022.

E entregou o quarteto nas mãos de Sylvinho.

Apesar de ter sido ídolo no Corinthians, ele tem pouquíssima experiência como técnico. Apenas 11 partidas serviram para ser demitido do Lyon, mesmo com Juninho Pernambucano como executivo e seu escudo.

 Em quatro meses de Corinthians, foram 23 jogos, com sete vitórias 10 empates e seis derrotas, resultando em aproveitamento de 44,92%.

Ele ainda não conseguiu definir uma maneira de o clube atuar. Tudo ficou ainda mais explícito com a chegada dos quatro reforços. E vieram os decepcionantes empates com o Juventude, Atlético Goianiense e América Mineiro.

A vida de Vagner Mancini começou a se complicar de vez no Parque São Jorge depois que o Palmeiras goleou o Corinthians no Allianz Parque, por 4 a 0, tirou seu respaldo. E nunca mais trabalhou com a mesma paz de espírito. Até a demissão. Contra quem? O próprio Palmeiras, por 2 a 0, na semifinal do Paulista.

Tiago Nunes também foi despachado após perder para o Palmeiras, em 2020.

Sylvinho tem sido 'vítima' de suas próprias estatísticas. Como seu esquema é absolutamente reativo, ou seja, baseado em contragolpes, a dificuldade é grande quando o Corinthians tem de atacar. E sofre

Em Itaquera, sob seu comando, o Corinthians tem duas vitórias. Quatro empates e cinco derrotas.

Números que incomodam muito membros da diretoria, conselheiros, membros das organizadas e também  os profissionais de marketing. Fica muito difícil vencer a imagem do clube que não consegue vencer nem mesmo em casa.

Daí o jogo de sábado, às 19 horas, em Itaquera, contra o rival Palmeiras, ter um grande peso para o futuro de Sylvinho.

A diretoria quer retorno do altíssimo investimento que fez com as quatro contratações.

Mas o treinador está sofrendo para encaixar as peças.

O discurso de Duilio, pedindo calma, confiança para o técnico está se desgastando.

Exatamente como aconteceu com Mancini.

O combinado com Sylvinho era ter paciência, apoiá-lo no trabalho até o final de 2021, quando o 'novo' Corinthians seria montado. E a cobrança forte seria em 2022.

Só que Duilio está entendendo que é fácil dominar o Corinthians. Muito pelo contrário.

Sylvinho e seu discurso teórico não fazem mais sucesso, como no início de trabalho no Corinthians.

Por enquanto não há risco de demissão, mesmo se houver uma derrota para o Palmeiras.

Mas conselheiros que sustentam Duilio e Roberto de Andrade no poder já olham para os lados.

E com mais atenção para técnicos estrangeiros em 2022.

Mano Menezes, que seria um candidato natural, livre no mercado, desde sua demissão depois de apenas 16 jogos no Al Nssr, da Arábia Saudita, se queimou profundamente com a direção do clube.

Porque em setembro de 2016, o Cruzeiro foi derrotado, pela Copa do Brasil, para o Corinthians, em Itaquera.

"Essa é uma característica de torneios como a Copa do Brasil. você tem que saber jogá-los. A derrota nunca é boa. Houve uma penalidade a favor e o árbitro interpretou como sempre se interpreta aqui, contra o adversário. São detalhes que se decidem um jogo. Houve um gol com o adversário adiantado que também não se enxerga."

A expressão 'como sempre' jamais foi perdoada por Roberto de Andrade, que 'idolatrava' Mano Menezes como técnico.

De Mano, Sylvinho está protegido.

O problema é ele mesmo.

Sua confusa maneira de estruturar o Corinthians em campo.

E como já deu para constatar, Duilio até gosta de manter suas promessas.

Mas nem sempre consegue.

Qualquer dúvida, perguntar a Vagner Mancini...

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