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Tuesday, August 3, 2021

Thiago Braz ressurge em Tóquio após ciclo de frustrações depois da Rio 2016 - globoesporte.com

O pódio olímpico geralmente abre caminho para um horizonte de mais conquistas para quem tem competência suficiente para escalá-lo. No caso de Thiago Braz, o percurso foi de mais espinhos do que de glórias. Desde que levou o ouro nos Jogos do Rio, no dia 15 de agosto de 2016, batendo o recorde olímpico com a marca de 6,03m, o paulista de 27 anos sofreu para retomar o ritmo, trocou de técnico, ficou sem clube e se afastou da elite do salto com vara enquanto nomes como o sueco Armand Duplantis surgiram.

Curiosamente, Thiago ressurgiu no momento que mais importava. Às vésperas das Olimpíadas de Tóquio, onde conquistou nesta terça-feira seu segundo pódio olímpico da carreira. O bronze veio com a marca de 5,87 metros. A prata ficou com Cristopher Nilsen, dos EUA, com 5,97 metros. O ouro foi de Armand Duplantis, da Suécia, com 6,02 metros.

Thiago Braz na prova de salto com vara das Olimpíadas de Tóquio — Foto: Aleksandra Szmigiel/Reuters

Thiago Braz na prova de salto com vara das Olimpíadas de Tóquio — Foto: Aleksandra Szmigiel/Reuters

Nos meses que se seguiram à Rio 2016, Thiago e o técnico Vitaly Petrov traçaram uma meta ambiciosa: bater o recorde mundial do salto com vara, que à época estava em poder do ucraniano Sergey Bubka, de 6,14m. Chegaram a comentar sobre o projeto em entrevistas coletivas a jornalistas com alguns detalhes. O saltador brasileiro ainda era jovem (tinha 23 anos em 2016) e podia melhorar em aspectos técnicos e físicos.

Mas o plano fez água. No ano seguinte, 2017, a melhor marca em eventos ao ar livre foi 5,60m - até conseguiu 5,86m, mas em uma competição indoor na França. Ele alegou uma lesão e não foi ao Campeonato Mundial de Londres. Em 2018, mais um ano fraco, com 5,70m em torneios outdoor.

Thiago Braz conquista segunda medalha olímpica no Salto com Vara

Thiago Braz conquista segunda medalha olímpica no Salto com Vara

A maré começou a mudar um pouco em 2019, quando saltou 5,92m na etapa de Mônaco da Liga Diamante e ficou em quinto lugar no Campeonato Mundial de Doha. No Pan de Lima, porém, mais um dissabor quando errou três tentativas para 5,71m e ficou em quarto lugar.

O 2020, prejudicado pela pandemia de Covid-19, participou de poucas competições, mas em setembro ele conseguiu saltar 5,82m em Berlim. Já em 2021, conseguiu repetir a mesma marca no final de junho, na Polônia.

"Sonhei com o bronze", fala Thiago Braz após bronze no salto com vara - Olimpíadas de Tóquio

"Sonhei com o bronze", fala Thiago Braz após bronze no salto com vara - Olimpíadas de Tóquio

Além dos resultados bem aquém de seu recorde pessoal (e olímpico) de 6,03m, Thiago promoveu um vaivém de base e de técnico. Depois de anos sob o comando de Petrov, em outubro de 2018 anunciou que voltaria a treinar com Elson Miranda, que o comandara no início de carreira. Não apenas isso, também deixou a cidade italiana de Fórmia, que era sua base, para retornar a São Paulo.

Thiago Braz durante a eliminatória do salto com vara — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Thiago Braz durante a eliminatória do salto com vara — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Alguns meses depois, reatou com Petrov e voltou a ter Fórmia como base. Só que aí veio o novo coronavírus e bagunçou tudo.

Pouco depois do começo da pandemia, Thiago foi demitido do Esporte Clube Pinheiros, que defendia. A rescisão foi feita oito meses antes do fim do contrato. Nos bastidores, o clube considerou que não havia retorno de visibilidade que justificasse o investimento, uma vez que o saltador tinha o maior salário de toda a equipe de atletismo.

Contra todas as probabilidades, ele reencontrou o caminho em 2021, e esse caminho o reconduziu ao pódio que parecia tão distante.

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